Pesquisadora da Fundação Carlos Chagas afirma que docentes saem dos cursos de graduação sem formação mínima para entender avaliações e fazer críticas contundentes, usando mais sensibilidade do que conhecimento para avaliar os alunos.
Apenas 1% dos cursos de graduação para professores têm matérias específicas sobre provas e avaliações nacionais, afirma Bernardete Gatti, da Fundação Carlos Chagas. "O uso de avaliações por parte de professores depende de conhecimento e não do uso 'cego',", salientou, durante palestra na feira Interdidática, ocorrida no final de abril, em São Paulo.
Ela pesquisou os currículos das licenciaturas e cursos de pedagogia brasileiros por meio de dados oficiais divulgados entre 2001 e 2006. A falta de disciplinas sobre avaliação se reflete em como os docentes avaliam seus alunos. Dentre exames feitos por professores e analisados por Bernardete, a pesquisadora afirma ter encontrado "provas incoerentes, feitas 'no joelho', que não foram pensadas com nenhum referencial didático contemporâneo".
Essa falta de formação - tanto para provas escolares quanto para governamentais (como o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e a Prova Brasil)- é problemática, pois os docentes "saem sem formação minima para entender as avaliações e fazer críticas fundadas", aponta.
Os profissionais, de acordo com a professora, usam mais a "sensibilidade" do que conhecimentos acadêmicos para avaliar: "Não basta. Precisamos caminhar para ter processos de avaliação desenvolvidos pelo professor", diz.
Na escola
A pesquisadora explica que as avaliações podem alavancar mudanças no dia a dia escolar. Para isso, "é preciso saber fazer e saber ler os dados, interpretar, levantar aspectos pedagógicos, procurar soluções didáticas e mostrar possibilidades de superação de dificuldades pelos meios que dispomos nas escolas", diz.
E isso "bate" na formação docente: em seu estudo, Bernardete constata ainda que, nos cursos que oferecem formação em avaliações, o conteúdo dado trata-se mais de críticas do que de base teórica para entender seu funcionamento. "Os alunos só tem crítica abstrata daquilo que nem conhecem", diz.
Reformulação de currículo
Para resolver o" grande desafio da educação brasileira", segundo aponta a pesquisadora, é preciso que haja uma reformulação do currículo dado nas licenciaturas -tarefa a ser feita pelo governo e pelas universidades. "Nunca tivemos uma política pública da união em relação a aprimorar a formação das licenciaturas e, hoje, estamos numa situação relativamente caótica".
A docente critica a formação a distância, que exige uma alta capacidade de leitura e estudo que nem todos os estudantes têm e diz que os sindicatos deveriam cobrar a qualidade na formação em suas plataformas.
Outro fator apontado é a dificuldade que os graduandos de licenciatura têm em realizar o estágio obrigatório em escolas. "Como você vai fazer estágio de 1ª a 4ª série em curso noturno? Não existe. Eles fingem que fazem estágio... a maioria não faz", conta. Para evitar isso, a pesquisadora aponta que deveria haver mais bolsas para cursos diurnos em vez de noturnos.
Uso de avaliações
A professora diz que a cultura de avaliações começou a ser pensada no final dos anos 80 e se consolidou nos anos 90, enquanto outros países já tinham sistemas avaliativos. Apesar de hoje estarmos além do pensamento de provas como "punição" ou "seleção", a docente diz que as escolas brasileiras ainda usam avaliações apenas como "sinalizadores".
"Precisamos decifrar esses sinalizadores, isso depende de conhecer metodologicamente esses processos. Não estou dizendo de dominar firulas estatísticas, mas a lógica e seus conteúdos, que permitem interpretar esses processos para usá-los em sala de aula".
domingo, 9 de maio de 2010
sábado, 1 de maio de 2010
A Elaboração da Avaliação
Em, primeiro lugar é preciso ter em mente que a avaliação é, antes de mais nada, uma ferramente que o auxiliará a levantar os pontos que precisarão ser melhor trabalhados dentro da sua disciplina. É importante identificar a avaliação como uma ferramente de inclusão do aluno no processo de aprendizagem e não o contrário. Segundo Paulo Ronca (1991), a maioria dos alunos:
Só se estuda se tiver prova.
Só se estuda para a prova
Só se estuda se cair na prova.
Só se estuda o que cair na prova
É muito importante que a avaliação contribua para o desenvolvimento das capacidades do aluno. O ideal é que a avaliação esteja de acordo com a realidade vivenciada em sala de aula. A avaliação não precisa ser nem muito fácil, nem muito difícil, mas que possibilite ao professor uma visão real do que o aluno tem conseguido absorver em suas aulas. Precisa ser realista a ponto de premitir ao professor identificar os pontos que ainda carecem de um trabalho mais reforçado dentro de sua disciplina.
Só se estuda se tiver prova.
Só se estuda para a prova
Só se estuda se cair na prova.
Só se estuda o que cair na prova
É muito importante que a avaliação contribua para o desenvolvimento das capacidades do aluno. O ideal é que a avaliação esteja de acordo com a realidade vivenciada em sala de aula. A avaliação não precisa ser nem muito fácil, nem muito difícil, mas que possibilite ao professor uma visão real do que o aluno tem conseguido absorver em suas aulas. Precisa ser realista a ponto de premitir ao professor identificar os pontos que ainda carecem de um trabalho mais reforçado dentro de sua disciplina.
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